14/01/08

EMISSÃO DIRECTA DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA

Uma das causas da alteração da composição da atmosfera tem sido a emissão directa de gases com efeito de estufa.

Figura 1 – Representação do efeito de estufa Fonte: Instituto do Ambiente

O efeito de estufa é um processo natural, sendo responsável pela elevação da temperatura na Terra que não seria possível na ausência de Gases Efeito Estufa. Se não existisse efeito de estufa, a temperatura à superfície da Terra seria em média cerca de 34ºC mais fria do que é hoje. Os Gases Efeito Estufa, presentes na atmosfera, criam uma espécie de estufa, permitindo a entrada de radiação solar mas absorvendo parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela superfície terrestre.

Os Gases Efeito Estufa, são gases que absorvem e emitem radiação infravermelha. Para que a temperatura média global na troposfera, seja relativamente estável no tempo, é necessário que haja equilíbrio entre radiação solar incidente absorvida e radiação solar irradiada sob a forma de radiação infravermelha (calor).

Quando a concentração de Gases Efeito Estufa aumenta, uma maior parte da radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície da Terra e pela troposfera é absorvida pelos Gases Efeito Estufa, com consequente aumento da temperatura média da baixa troposfera, como se tem vindo a verificar no último século.

Os Gases Efeito Estufa mais importantes são o CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), N2O (óxido nitroso), HFCs (hidrofluorcarbonetos), PFCs (perfluorcarbonetos), SF6 (hexafluoreto de enxofre) e ozono (troposférico). A queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, fogos florestais, alterações no uso do solo, transportes e deposição em aterro são algumas das origens de Gases Efeito Estufa.

As actividades humanas, nomeadamente o uso crescente do automóvel, contribuíram para um aumento substancial das concentrações de Gases Efeito Estufa na atmosfera, causando, em acréscimo ao efeito de estufa natural, um aquecimento médio adicional da superfície da Terra e da atmosfera

As florestas, solo e oceanos permitem a retenção de carbono. Apenas as florestas e o solo, este último em muito menor escala, têm capacidade de trocar o carbono activamente com a atmosfera, sendo por isso considerados os mais importantes. No entanto, a destruição das florestas naturais e a libertação de grandes quantidades de CO2 têm levado a que a fixação deste gás não seja suficiente para compensar o que é libertado, tendo-se vindo a intensificar a sua concentração na atmosfera.

A temperatura média global da atmosfera à superfície aumentou durante o século XX. Este aquecimento tem fundido os glaciares, provocando uma subida do nível médio do mar e lagos.

As áreas mais afectadas pela subida do nível médio do mar serão as zonas ribeirinhas e costeiras. Haverá erosão intensificada das praias, com recuo da linha da costa, pondo em risco grande parte das edificações que se encontrem na sua proximidade. Com a redução da largura das praias , muitas das quais desaparecerão e alteração profunda da sua estética, devido às obras de protecção costeira, muitos destinos turísticos serão alterados. Perder-se-ão terrenos agrícolas haverá problemas no abastecimento público de água potável, haverá alteração ou perda de ecossistemas o que implica risco de extinção de certas espécies. O sector das pescas será também afectado pelas alterações nas correntes oceânicas, com potenciais impactes sobre a distribuição e abundância dos organismos marinhos e do seu alimento. A saúde pública correrá igualmente um sério risco e haverá mais conflitos sociais.


As alterações climáticas correspondem ao conjunto de mudanças que o clima já sofreu e se prevê venha a sofrer. Estas mudanças incluem o aquecimento global, mas também à modificação do regime das chuvas, entre outras.

1 comentário:

Anónimo disse...

isto que estamos a trabalhar é muito fixe